
Há dualidade em tudo que encontramos na natureza, aliás, é uma lei universal. O ser humano, por puro descontrole científico, busca a essência de tudo e ao se especializar cientificamente se esquece do todo. Chega na menor parte possível do todo, até onde não consegue mais dividir e aí acredita que achou o "uno". E gora? Fazer o quê com este "uno"? Pra começar este "uno" não é uno, não é a essência. E depois outra, se pensarmos matematicamente, a divisão nunca acaba, sempre podemos dividir ao meio novemente. A ciência não chegou ao fim, vive ainda a pré-história e podemos ter certeza de que existe muitos erros na forma de como ela é construída. É uma pena, mas apesar de todo o avanço na medicina e tecnologia há muito mais probabilidade de estarmos errados do que certos, e o que é certo cientificamente hoje poderá ser errado amanhã.
A natureza é dual. Os opostos sempre estão juntos, cabe a nós utilizarmos tudo com equilíbrio. O problema é que muito conhecimento se perdeu na História, muitos conhecimentos foram aniquilados, destruídos por pura ignorância humana. Há sabedorias que se salvaram, só que devido a nossa estrutura social acreditar que somente a ciência é a VERDADE, outras formas de conhecimento se tornaram ocultos do nosso dia-a-dia. Aos interessados ele aparece, basta ir ao encontro.
Uma boa ferramenta aos interessados, por incrível que pareça, faz parte da ciência. A Antropologia. Como vemos até a ciência não foge à regra e tem dualidade. Na antropologia eu descobri outras cosmologias, outras tecnologias, outros remédios e outras respostas.
Nada é uno, nada é absoluto. Tudo tem seus prós e contras, cabe a nós colocarmos na balança e descobrirmos a medida certa para que os "contras" não prevaleçam e utilizar os "prós" com sabedoria. É pura questão de consciência, cautela e responsabilidade. O que diferencia o remédio do veneno é apenas a dose.