segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Mira

Demorou muito tempo para eu descobrir a importância de um objetivo na vida terrena, aliás não me recordo de alguém ter conversado comigo a respeito disso, apenas era cobrado no sentido de que eu tinha que fazer algo.

Mas também confesso, que por um longo período eu decidi ficar surdo, o que as pessoas diziam entrava por um ouvido e saía pelo outro. Me sentia muito bem agindo desta forma, pois não gosto de cobranças.

Objetivo na vida é algo muito difícil de se encontrar, é necessário parar para pensar, refletir, fazer experiências e principalmente observar as pessoas que demonstram já o ter encontrado.

Penso que o que dificulta muito este tipo de coisa hoje em dia é a relação entre o SER e o TER. Não acredito que um seja mais importante do que o outro, o ideal é sempre buscar o equilíbrio, apesar da minha preferência ser pela primeira opção.

O capitalismo, alimentado pelo consumismo, embutiu em minha cabeça a idéia de que TER é prioritário ao SER, mas depois de anos pensando, cheguei à conclusão de que TER sem SER pode ser deprimente, solitário, angustiante, frustrante e o pior: insaciável. Há uma possibilidade muito grande de se perder a vida buscando o insaciável TER para depois tentar atingir o SER.

Meu objetivo já está traçado: vou em busca do SER, pois acredito que o TER surgirá naturalmente e de forma suficiente. Agora o que faço é mirar na mosca e seguir em frente.

Sair do caminho pode fazer com que percamos o nosso foco e conseqüentemente nosso objetivo. É necessário tomarmos cuidado com as ciladas do TER, pois ele nunca sai de cena, nos acompanhará constantemente, aliás, somente após eu ter encontrado meu objetivo é que conseguirei achar o equilíbrio entre o SER e o TER.

Hoje eu tenho um foco. Às vezes, saio do caminho para ver o que encontro ao meu redor, apesar de saber que a menor distância entre dois pontos é uma reta.

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